Pró-reitora dá detalhes sobre cotas para deficientes físicos

02/07/2008

Recursos para atender a nova demanda vêm de emendas parlamentares e editais do MEC

Uma vaga de cada curso ofertado no próximo vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) será destinada a deficientes físicos. Os recursos para investimento em acessibilidade e treinamento de pessoal virão de emendas de parlamentares e editais do Ministério da Educação (MEC). Estes e outros detalhes serão publicados em edital na próxima segunda-feira (9) e foram adiantados à Gazeta do Povo Online pela pró-reitora de Graduação Rosana Albuquerque de Sá Britto.

“Mais do que ofertar vagas para essa parcela da população, a universidade está priorizando ações relativas à permanência dos portadores de deficiência”, diz Rosana, referindo-se ao Núcleo de Apoio ao Portador de Necessidade Especial (Napne), criado há nove anos.

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O Conselho Universitário, órgão máximo deliberativo da UFPR, instituiu a cota para deficientes na última sexta-feira (6). A decisão foi tomada em razão de uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) que pede 5% das vagas para portadores de deficiência. “Entendemos que 5% é muito prematuro. Ainda não sabemos sequer se teremos demanda para uma vaga por curso”, argumenta a pró-reitora. A ação do MPF ainda não foi julgada.

A Associação de Deficientes Físicos do Paraná se manifestou, na sexta-feira, afirmando que antes de garantir a entrada dos deficientes, a prioridade deveria ser a acessibilidade. A pró-reitora responde listando ações tomadas pelo Napne, como softwares para trabalhar com cegos, rampas de acesso e a criação do curso de Letras com especialização em Libras. “Talvez exista um desconhecimento sobre o quanto a faculdade evoluiu”, pondera.

A disputa pela vaga reservada levará em conta apenas as pessoas com deficiência. Se o candidato deficiente conseguir a vaga pela sistema universal, junto com a maioria dos estudantes, a cota será destinada a outro deficiente.

Sobre o edital que será divulgado com os detalhes do processo, Rosana adianta que não haverá surpresas. Atualmente, a UFPR conta com 92 estudantes portadores de deficiência.

A política de cotas começou a ser implementada na UFPR em 2005. Desde aquela época, 20% das vagas dos processos seletivos são destinadas a alunos oriundos de escolas públicas e outros 20% para alunos de cor parda ou negra.

 


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