Audiência gera ideias para reserva de vagas aos deficientes

15/04/2010


Cerca de 100 pessoas presenciaram a audiência pública convocada pelo deputado estadual Cesar Souza Junior (DEM) para debater os dois projetos que determinam a obrigatoriedade da reserva de 10% de vagas de terceirização em serviço público aos deficientes e de outros 10% em vagas de estágio. Em Santa Catarina, há cerca de 800 mil portadores de necessidades, de todas as categorias.

A troca de ideias aconteceu no Plenarinho da Alesc e durou duas horas, com informações e sugestões oferecidas pelo deputado e a platéia. Uma das muitas contribuições no evento e acatada pelo deputado é o de encaminhar a bancada catarinense mudanças nas questões do deficiente mental. “Vamos conversar e trabalhar para elaborar projeto tratando dessa questão no Fórum Parlamentar Catarinense”, afirmou Souza Junior.

O deputado informou que o Estado gastou R$ 129 milhões em terceirizações de serviços públicos e gera 15 mil empregos terceirizados. Caso o projeto seja aprovado, serão destinadas 1,5 mil vagas aos portadores de necessidades. Outra sugestão foi que a partir dos dados e da questão da acessibilidade aos deficientes, cuja reclamação é grande pelos problemas nas calçadas, ruas e horários e estrutura de ônibus, as empresas vencedoras de licitações públicas construam, caso não tenham, o acesso aos portadores de necessidades. “É por isso que fazemos audiência pública. Para ouvir e discutir com as pessoas envolvidas e aprimorar os projetos”, comenta o líder da bancada democrata na Assembléia Legislativa.

Para o representante da Fundação Catarinense de Educação Especial, Sérgio Bassetti, a ideia do projeto é fantástica e vai oportunizar a questão do emprego aos deficientes. O presidente da Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos, José Roberto Leal, vai na mesma linha de pensamento. “Precisamos do reconhecimento que somos pessoas normais. Só precisamos de oportunidade”, exclamou. O representante da Associação Catarinense de Integração ao Cego (Acic), Carlos Henrique Geller, afirma que ninguém pode mostrar suas qualidades e talentos caso não tenha uma chance. “Perante Deus, somos todos iguais.” Geller comenta que a atitude do deputado Cesar Souza Junior foi muito corajosa, pois “uma iniciativa dessa vai torcer o nariz de muita gente”.

Após o término da audiência, as pessoas presentes no evento puderam informar seus contatos para se manterem informadas da tramitação dos projetos. Estiveram presente na mesa o deputado estadual Cesar Souza Junior, o representante da Fundação Municipal de Esportes de Florianópolis Hudson Pires, o professor Chiquinho, o presidente da Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos (Aflodef) José Roberto Leal, o presidente da Associação Catarinense de Integração ao Cego (Acic) Carlos Henrique Geller, o representante da Fundação Catarinense de Educação Especial, Sérgio Bassetti, o representante da Procuradoria do Trabalho, Eder Civoski e o superintendente do Centro de Integração Empresa-Estágio (CIEE), Aníbal Dib Mussi.
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