Empresas contratam mais pessoas com deficiência física
23/02/2010
Se o mercado de trabalho é muito competitivo, imagine para quem sofre algum tipo de preconceito? As pessoas com alguma deficiência costumam ter mais dificuldades na hora de concorrer a uma vaga de emprego.
A lei trabalhista obriga as empresas a contratar deficientes, de acordo com a quantidade de funcionários e, por isso, esse número de vagas tem aumentado em Pernambuco.
Robson Valdecir dos Santos, por exemplo, teve paralisia infantil. Ele estava desempregado há quatro anos, foi até à Agência do Trabalho, no bairro das Graças, no Recife, e, dessa vez, foi convocado para concorrer a uma vaga de serviços gerais. "Todos nós precisamos trabalhar, né? A pessoa não pode tá só parado. Eu, com mulher e filho em casa, né? Aí, eu tenho que voltar a ativa de novo, né? Que é bom", afirma.
Para cada nova vaga, três candidatos são indicados pela agência. De acordo com o último levantamento do Sistema Nacional de Emprego (Sine), de janeiro a outubro de 2008, 515 pessoas com deficiência conseguiram um emprego, depois de passar por uma das 20 agências do estado.
Em 2007, foram 414 contratações. Em 2006, 454 postos para os portadores de deficiência. Os salários variam entre R$ 415 e R$ 1 mil, sem os benefícios como vale transporte e alimentação. “A seleção é feita como em qualquer trabalhador. Ele chega aqui, ele apresenta a identidade, CPF, carteira de trabalho. Se ele não tiver, nós emitimos a carteira, grátis, e ele é encaminhado para a empresa. É selecionado como qualquer trabalhador. A empresa é que tem a obrigação de selecionar e contratar”, explica a supervisora da agência do trabalho - posto SEAD, Peralúcia Ferro.
Pelas leis trabalhistas, as empresas que têm entre 100 e 200 funcionários, devem contratar, pelo menos, duas pessoas com deficiência. Quem têm acima de mil colaboradores, as vagas destinadas sobem para 5%, ou seja, 50 funcionários.
As empresas que não cumprem essa determinação podem pagar multa de até R$ 120 mil. O superintendente estadual de apoio à pessoa com deficiência, João Maurício Rocha, que perdeu os movimentos nas pernas depois de um acidente, afirma que o desafio ainda é convencer os empresários de que há vários profissionais à espera de uma chance.
"A gente vai junto às empresas, né? Identificar esses postos de trabalho, esses possíveis postos. Posteriormente, a gente faz uma sensibilização na empresa, com os gestores, os funcionários, a cerca dessas pessoas que possam vir a compor o quadro lá, né? E, recentemente, a gente começa um acompanhamento da colocação profissional dessas pessoas. Se de fato,a empresa que colocou ela, se tá dando a estrutura nessa necessária para que ela desenvolva o trabalho, né?”, conta.
Numa loja do Recife, dos 300 funcionários oito são portadores de algum tipo de deficiência. Eles trabalham, principalmente, na reposição de produtos na prateleira. "Eles são bem recebidos. A empresa vê que o resultado do trabalho deles é satisfatório, né? Com relação aos outros funcionários, realmente, existe um grande alteração, então, realmente, a gente vê sempre um lado positivo da inserção deles no mercado de trabalho", afirma a gerente de recursos humanos, Maria Rosali Barbosa da Silva.
Também existem oportunidades no setor público. Pelos corredores da Assembléia Legislativa, a técnica administrativa Joseane Lopes virou um rosto conhecido. Ela é formada em teologia, administração, está no segundo ano de direito e faz pós-graduação em gestão pública. Dedicou a vida aos estudos. Depois de ser aprovada em três concursos públicos trabalha, hoje, numa comissão da assembléia e não pensa em parar. "Ter certas limitações não é abaixar a cabeça. É levantar para poder superá-las e isso eu tenho feito. Sei que o mérito não é só meu, mas das pessoas que me rodeiam, que tem acreditado. E quando a gente percebe que as pessoas acredita, aí isso fortalece pra gente continuar”, diz.
A pessoa com deficiência que está a procura de trabalho pode ir à agência, que funciona na Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência (SEAD), na rua Guilherme Pinto, nº. 133, no bairro das Graças, no Recife. O telefone é o (81) 3183.3219.
A lei trabalhista obriga as empresas a contratar deficientes, de acordo com a quantidade de funcionários e, por isso, esse número de vagas tem aumentado em Pernambuco.
Robson Valdecir dos Santos, por exemplo, teve paralisia infantil. Ele estava desempregado há quatro anos, foi até à Agência do Trabalho, no bairro das Graças, no Recife, e, dessa vez, foi convocado para concorrer a uma vaga de serviços gerais. "Todos nós precisamos trabalhar, né? A pessoa não pode tá só parado. Eu, com mulher e filho em casa, né? Aí, eu tenho que voltar a ativa de novo, né? Que é bom", afirma.
Para cada nova vaga, três candidatos são indicados pela agência. De acordo com o último levantamento do Sistema Nacional de Emprego (Sine), de janeiro a outubro de 2008, 515 pessoas com deficiência conseguiram um emprego, depois de passar por uma das 20 agências do estado.
Em 2007, foram 414 contratações. Em 2006, 454 postos para os portadores de deficiência. Os salários variam entre R$ 415 e R$ 1 mil, sem os benefícios como vale transporte e alimentação. “A seleção é feita como em qualquer trabalhador. Ele chega aqui, ele apresenta a identidade, CPF, carteira de trabalho. Se ele não tiver, nós emitimos a carteira, grátis, e ele é encaminhado para a empresa. É selecionado como qualquer trabalhador. A empresa é que tem a obrigação de selecionar e contratar”, explica a supervisora da agência do trabalho - posto SEAD, Peralúcia Ferro.
Pelas leis trabalhistas, as empresas que têm entre 100 e 200 funcionários, devem contratar, pelo menos, duas pessoas com deficiência. Quem têm acima de mil colaboradores, as vagas destinadas sobem para 5%, ou seja, 50 funcionários.
As empresas que não cumprem essa determinação podem pagar multa de até R$ 120 mil. O superintendente estadual de apoio à pessoa com deficiência, João Maurício Rocha, que perdeu os movimentos nas pernas depois de um acidente, afirma que o desafio ainda é convencer os empresários de que há vários profissionais à espera de uma chance.
"A gente vai junto às empresas, né? Identificar esses postos de trabalho, esses possíveis postos. Posteriormente, a gente faz uma sensibilização na empresa, com os gestores, os funcionários, a cerca dessas pessoas que possam vir a compor o quadro lá, né? E, recentemente, a gente começa um acompanhamento da colocação profissional dessas pessoas. Se de fato,a empresa que colocou ela, se tá dando a estrutura nessa necessária para que ela desenvolva o trabalho, né?”, conta.
Numa loja do Recife, dos 300 funcionários oito são portadores de algum tipo de deficiência. Eles trabalham, principalmente, na reposição de produtos na prateleira. "Eles são bem recebidos. A empresa vê que o resultado do trabalho deles é satisfatório, né? Com relação aos outros funcionários, realmente, existe um grande alteração, então, realmente, a gente vê sempre um lado positivo da inserção deles no mercado de trabalho", afirma a gerente de recursos humanos, Maria Rosali Barbosa da Silva.
Também existem oportunidades no setor público. Pelos corredores da Assembléia Legislativa, a técnica administrativa Joseane Lopes virou um rosto conhecido. Ela é formada em teologia, administração, está no segundo ano de direito e faz pós-graduação em gestão pública. Dedicou a vida aos estudos. Depois de ser aprovada em três concursos públicos trabalha, hoje, numa comissão da assembléia e não pensa em parar. "Ter certas limitações não é abaixar a cabeça. É levantar para poder superá-las e isso eu tenho feito. Sei que o mérito não é só meu, mas das pessoas que me rodeiam, que tem acreditado. E quando a gente percebe que as pessoas acredita, aí isso fortalece pra gente continuar”, diz.
A pessoa com deficiência que está a procura de trabalho pode ir à agência, que funciona na Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência (SEAD), na rua Guilherme Pinto, nº. 133, no bairro das Graças, no Recife. O telefone é o (81) 3183.3219.
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