Deficiência ou Eficiência?

 Rachel  

    Rachel Silveira
    Graduação UNIDERP,  curso  Fisioterapia
    Contato: [email protected]
    Colunista Deficiente Online.

Deficiência ou Eficiência?

Deficiência ou Eficiência?! - A minha idéia em adquirir esta pesquisa foi quando estava cursando o 8º semestre (último semestre do curso). Por esta razão que estou erradicando neste referido email que em mais ou menos no início do mês de maio deste ano estava estagiando na clínica escola da Instituição em que estudo (UNIDERP-Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal), estava estagiando no setor de hidroterapia no qual havia sido anteriormente sido aprovada. Porque quando estava cursando no 3º ano, não queria realizar o estágio supervisionado em Hospital geral e Terapia Intensiva, no qual o preceptor de estágio entrava em dúvida e incertezas em relação ao estagiar no hospital devido a minha dificuldade na ausculta pulmonar.

E passou um tempo, as coisas começaram a mudar, porque tinha uma amiga que mora em Pernambuco, e a mesma tem graduação em fisioterapia e a mesma fazia mestrado e apresentou seu orientador de mestrado o Dr. Luiz Carlos de Abreu (Doutor e professor de Fisiologia pela Faculdade de medicina do ABC), em uma conversa no MSN e nossas conversas foram sobre temas de fisiologia e fisioterapia. Ele foi meu incentivador, me deu apoio, forças, segurança, me fez acreditar que sou capaz em tudo, me estimulou mais ainda tudo isso à distancia e em dois tempos. Fizemos uma carta especial para o Sr. Reitor Pedro Chaves dos Santos, sendo aprovada em iniciar o referido estágio, como em ser avaliada pelos preceptores de estágios como os ademais estagiários.

Este trabalho apresenta uma proposta de contribuição à inclusão de alunos portadores de necessidades especiais (seja ela deficiência auditiva, visual, física, etc..) em instituições de ensino superior, com apoio das novas tecnologias. A proposta é estimular os docentes das instituições de ensino superior a criar discussões e também a criação de condições de acesso, de modo que o aluno especial tenha recursos básicos para sua integração social. A minha idéia em adquirir esta pesquisa foi quando estava cursando o 8º semestre (último semestre do curso), que sou deficiente auditiva por surdez adquirida, no qual realizo minha comunicação com os meus pares através de leitura labial, bem como acompanhava as aulas por esse recurso, além da visão.

Ademais, o indivíduo com deficiência auditiva, assim como qualquer pessoa que apresenta alguma deficiência ou dificuldade quer seja motora, visual, auditiva, mental ou comportamental pode contar no mundo moderno para minimizar as suas limitações, impedimentos, ou seja, todas as barreiras impostas pela vida ou por pessoas, favorecendo a maior socialização na sociedade, ou seja, para completar à inclusão social.

Quando eu entrei no curso de fisioterapia encontrei várias dificuldades tanto comigo mesma quanto com as pessoas. Na verdade terminei o curso na raça mesmo, pois tive que aprender ali dar comigo e coma as pessoas ao meu redor.As minhas limitações faz com que as pessoas necessitem de mais paciência para conviver comigo, e na faculdade há muitas atividades em dupla ou grupo. E foi onde encontrei mais dificuldade porque infelizmente nos dias de hoje são raras as pessoas que estão dispostas a ajudar uma pessoa portadora de alguma deficiência e limitada a certas coisas.Eu no decorrer aprendi muito, principalmente a usar a sensibilidade, pois era necessário para que eu sobrevivesse dentro do grupo. Mas fora essas situações tive muitas pessoas amigas que me ajudaram dentro da graduação.Minha expectativa hoje com a conclusão do curso é apenas conquistar meu espaço com dignidade, pois lutei muito pra isso. Um dos meus objetivos é reunir e estimular a união da classe dos fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais.

E logicamente seguir minha carreira, de certa forma estou pensando em algum projeto que façam com que as pessoas respeitem as limitações das pessoas com necessidades especiais.

Sendo assim recorro com a finalidade de resguardar e preservar um direito adquirido ao longo da jornada acadêmica, que é o de ter as mesmas oportunidades que meus pares de graduação, independente da minha condição clínica, haja vista que a mesma não é impeditiva da realização dos meus compromissos acadêmicos.
Para que um ser portador de necessidades especiais seja inserido no campo social e profissional, é necessário muito mais do que a própria força de vontade e é necessário algum avanço tecnológico que torne possível a satisfação de suas necessidades.

Haja vista que a audição não pressupõe a necessidade para o exercício da profissão, bem como também não o faz, na condição de acadêmica, visto que na qualidade de estudante, fui acompanhada por um preceptor de estágio no referido local por tratar-se de formação específica da graduação em fisioterapia. Contudo, a falta de informações sobre o tema que propus, faz com que a grande maioria da população trate os portadores de necessidades especiais como pessoas inaptas, que apesar de existir medidas preventivas, como a Portaria 1.679 do MEC (Ministério da Educação), de 2 de dezembro de 1999 que assegura aos portadores de deficiências as condições básicas de acesso, de mobilidade e pela utilização dos equipamentos nas instituições de ensino superior, mas, infelizmente tem muitas instituições que não estão preparados ou seja, prontos para atender às necessidades destes referidos acadêmicos.

Portanto, o passado desta Instituição a habilita ao grau de excelência do ensino que a mesma apresenta, razão pela qual fiz minha escolha em passar longos anos de minha vida, no auge da minha juventude, dedicada à minha formação acadêmica na mesma. Não poderia e nem quero declinar a todos a ter uma formação completa na área de fisioterapia e terapia ocupacional, pois preciso, e da mesma forma, outros precisarão ter as mesmas oportunidades que meus pares para superar os obstáculos do mercado de trabalho, que está extremamente competitivo, nos dias atuais.

A partir desta pesquisa, pude fazer uma reflexão sobre a preparação dessas instituições para receber esses alunos. Uma outra realidade que costumo abordar sobre os recursos materiais que têm, efetivamente, sido implantados para a inclusão social desses alunos, nas universidades, principalmente, com o apoio das novas tecnologias. Portanto, pretendo levar aos educadores da educação superior em levar a proposta de que a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais é possível desde que haja uma condição de apoio ao trabalho docente e um respeito às diferenças individuais. Para tanto, é necessário um projeto político que respeite essas diferenças e ofereça apoio e condições para a interação entre o aluno, o educador e a universidade, a fim de que o plano de trabalho possa ser desenvolvido na sua plenitude, respeitando o princípio de que a educação é um direto de todos os cidadãos.

No qual esses avanços lhe ajudam em diferentes setores como o visual, auditivo e locomotivo, proporcionando-lhe uma vida mais regular e confortável. O desenvolvimento da tecnologia, na prática social, tem o poder de mudar radicalmente o ser humano e o seu meio ambiente.

Na certeza de contar com seu entendimento pleno sobre essa questão, aguardo manifestação imediata sobre o assunto para não haver prejuízo à minha formação acadêmica nesta reta final do curso de graduação. A surdez, que foi acometida, não é motivo para exclusão social e profissional no ramo de atividade escolhida por mim.
O que falta para que esse incentivo gere resultados primeiramente é a união tanto profissional como das pessoas que escolhem essa profissão. Seja profissional ou acadêmico. Não que as pessoas com necessidades queiram cobrar das pessoas sem necessidades, mas quando optamos por uma vida dentro da área da saúde já temos que ter em mente o quanto teremos que respeitar os limites, tanto nosso quanto dos colegas, pacientes e profissionais que estarão nos instruindo, que com tudo o que se observa realmente é que falta união para mim. Escrevo isso porque deparo sempre com preconceitos e a falta de paciência.

O COFFITO como órgão principal deve estimular a classe profissional a abraçarem e respeitarem a causa “respeitando os limites” que futuramente será o título de um artigo que irei publicar.E o COFFITO comigo, é apoiar na carreira profissional dando como referência a minha força de vontade, capacidade e que deve fazer uma matéria sobre isso...intitulado: DEFICIÊNCIA ou EFICIÊNCIA.

Obrigada,
Rachel Silveira

TAGS:
Deficiência, Eficiência de Deficientes, Coluna de Deficientes

Entre em contato conosco

São Paulo

(11) 3042-8535

Rio de Janeiro

(21) 4042-8095

Paraná

(41) 3014-0632