Campanha nacional vai promover a inclusão de pessoas com deficiência

26/02/2009

Campanha nacional vai promover a inclusão de pessoas com deficiência,  A Secretaria Especial de Direitos Humanos lançou hoje (12) a campanha publicitária nacional pela inclusão de pessoas com deficiência – Iguais na Diferença. O filme da campanha se utiliza simultaneamente de três recursos de acessibilidade: áudio-descrição, legendas e Libras (Língua Brasileira de Sinais).

A campanha será disponibilizada a todas as redes de TV e cadeia de cinemas. Segundo o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, a campanha elevará o patamar das discussões sobre o tema.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% da população mundial possui algum tipo de deficiência. No Brasil o número é muito significativo, existem cerca de 25 milhões de pessoas que possuem algum tipo de deficiência. Para o ministro, os números evidenciam que não estamos falando de uma minoria e sim de uma maioria que merece ter acesso a todos os seus direitos.

Segundo a coordenadora nacional de Integração da Pessoa com Deficiência, responsável pela campanha, Izabel Maior, o filme mostra um mundo um pouco adiante, uma sociedade inclusiva, onde foram retiradas as barreiras construídas culturalmente.

“A campanha usa legendas, libras e áudio-descrição, uma ferramenta nova. Quando se aperta a tecla SAP [Second Audio Program] da TV entra uma narrativa de fundo para que as pessoas cegas que estão acompanhando possam saber o que acontece. Ela tem tudo que a nossa legislação determina”, disse.

Izabel Maior explica que as pessoas com deficiência, cada vez mais, participam da vida de seu país, mas é necessário trabalhar com toda a sociedade, dos empresários para que ofertem mais empregos aos professores para que estejam preparados para lidar com todos os tipos de alunos”, afirmou.

Durante o lançamento da campanha, foi realizada a cerimônia de posse dos novos integrantes do Conselho Nacional dos Direitos de Pessoa com Deficiência (Conade). O conselho é um órgão deliberativo e de natureza paritária, sendo 50% sociedade civil e 50% governo.

Vannuchi afirmou que é por meio da participação da sociedade civil que muitas mudanças são feitas. “A agenda social do presidente Lula para este ano inclui a construção dezenas de oficinas de órtese e prótese, conjuntos habitacionais com acessibilidade, infra-estrutura e transporte adequado, educação inclusiva e o trabalho da empregabilidade”, disse.

O ministro destacou também vitórias recentes como a aprovação da convenção da ONU dos Direitos da Pessoa com Deficiência. “Agora todas as políticas públicas de saúde, educação e emprego, tem que levar em conta as definições da convenção da ONU, equivale ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Levaremos ao Legislativo e faremos debates em cinco regiões do país para aperfeiçoar o marco do estatuto”, informou.

O novo conselheiro do Conade e representante da Federação das Fraternidades Cristãs de Pessoas com Deficiência (FCD-Brasil), Celso Zoppi, de 53 anos, que é deficiente físico, conseqüência de um acidente automobilístico que sofreu há 30 anos, disse que o Brasil obteve avanços na área dos direitos das pessoas com deficiência nesses 30 anos, mas que ainda há muito o que fazer.

“De lá pra cá houve avanços, mas os empresários e as cidades não despertaram para a necessidade de inclusão. Faltam rampas, há dificuldade de acesso aos locais públicos e a barreira da comunicação ainda não foi superada. O Conade tem condições de ouvir os deficientes, definir políticas e lutar efetivamente pelos nossos direitos. Muito o que foi conquistado deve-se à pressão das entidades de deficientes”, afirmou.

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